de terça a domingo das 9h às 17h (PERMANÊNCIA até as 18h)

ENTRADA GRATUITA
VISITE O MUSEU DAS FAVELAS

Acompanhe a programação para os demais espaços e datas especiais.

 

FAVELA-RAIZ é uma ocupação-manifesto, composta de cinco partes – três internas e duas externas – que nos levam aos fundamentos da formação da identidade das pessoas que habitam esses territórios: a ancestralidade, as mulheres, a força do trabalho e os abrigos materiais e afetivos.

Na área externa, uma das instalações sintetiza a história do Palácio Campos Elíseos, enquanto a outra, do artista Paulo Nazareth, rememora a intelectual Maria Beatriz Nascimento. Internamente, esculturas tecidas em crochê, da artista Lidia Lisbôa, elaboradas por mulheres da vizinhança num processo de conexão do trabalho têxtil com o artístico, colorem e aquecem este espaço. Uma instalação audiovisual sensorial propõe o despertar de memórias afetivas a partir de imagens e de toda a pulsação de vida que existe nas favelas. O desfecho do percurso é uma criação sonora exaltando os diferentes modos de se pensar a beleza, agora mais plural e periférica do que os espelhos dos salões a refletiam, em séculos passados.

Exposição Raízes – esculturas tecidas em crochê, por Lidia Lisbôa, com a colaboração de Ana Paula do Nascimento Souza, Bety Poquechoque Quispe, Jeovanna Rosario Huanca Loza, João Goulart da Silva, Juniara Albuquerque, Laura Choque Mamani, Verônika Verão dos Santos e Zulema Calizaya Choque; Visão Periférica – instalação audiovisual sensorial, por Topográficas e Coletivo Coletores; Espelhos – instalação sonora, por Kayode e o convidado Jailson de Sousa; Palácio dos Campos Elíseos – instalação externa, por História da Disputa e XiloCeasa; Maria Beatriz Nascimento – Instalação externa, por Paulo Nazareth (Corte Seco).

Terça a Domingo, das 9 às 17hs (permanência até as 18hs)
ENTRADA GRATUITA
Local: PALÁCIO DOS CAMPOS ELÍSEOS
Entrada: Rua Guaianases, nº 1024 – Campos Elíseos. São Paulo, SP – CEP 01.204-001

AGENDE SUA VISITA MEDIADA
(para grupos de 10 a 40 pessoas)
Agende a sua visita em grupo aqui
Ao agendar sua visita é necessário aguardar a confirmação do dia e horário solicitados. Ao receber a confirmação do agendamento, haverá o envio do link Sympla para a emissão do ingresso.
Em caso de dúvidas, envie e-mail para agendamento@museudasfavelas.org.br
Obs: Grupos menores podem realizar visita mediada de forma espontânea, sem a necessidade de prévio agendamento.

O Museu das Favelas está em construção. O primeiro desafio foi ocupar este Palácio, nos Campos Elíseos, o primeiro bairro nobre da cidade de São Paulo, planejado para mansões, palácios e palacetes das famílias dos “barões do café”. Trata-se de uma ocupação simbólica, carregada de um sentido reparatório àquela multidão de pessoas que, por séculos, derramou seu sangue para construir as riquezas do estado mais rico da federação. Pessoas afastadas para cada vez mais longe de áreas como esta, vivendo em moradias precárias, construídas em locais destituídos de recursos urbanos elementares. Mas, resilientes, encontraram soluções coletivas, criativas e solidárias de
sobrevivência. Fazer desse palácio um espaço que cria e difunde novas memórias sobre as favelas para a sociedade, é um pacto civilizatório, que resulta em uma mudança de olhares e perspectivas construídos sobre as favelas e toda a sua população.

É com este objetivo que o Museu das Favelas inaugura a exposição:

FAVELA-RAIZ, uma ocupação-manifesto para dizer quem somos, o que queremos e quem está conosco neste caminho.

Esta mostra é o primeiro movimento de transformação do Palácio Campos Elíseos no Museu das Favelas. A arquitetura eclética palaciana do século XIX, espelhada em padrões europeus de arte e beleza, torna-se o suporte para novas instalações artísticas que buscam transformar velhos valores e sistemas simbólicos que não deveriam mais caber em nossa sociedade. A exposição vem para fincar aqui as raízes das favelas, reverenciando a memória e as heranças das lutas dos que vieram antes de nós e dos que seguem resistindo na construção desta história.

FAVELA-RAIZ compõe-se de cinco partes – três internas e duas externas – que nos levam aos fundamentos da formação da identidade das pessoas que habitam esses territórios: a ancestralidade, as mulheres, a força do trabalho e os abrigos materiais e afetivos.

Na área externa, uma das instalações sintetiza a história do Palácio Campos Elíseos, enquanto a outra, do artista Paulo Nazareth, rememora a intelectual Maria Beatriz Nascimento. Ambas coabitam o jardim, agora transformado numa praça de convivência. Internamente, esculturas tecidas em crochê, da artista Lídia Lisboa, elaboradas por mulheres da vizinhança num processo de conexão do trabalho têxtil com o artístico, colorem e aquecem este espaço.Um espaço audiovisual sensorial é proposto para despertar memórias afetivas a partir de imagens das casas, do céu, das festas, da pele, do corpo e de toda a pulsação de vida que existe nas favelas. O desfecho do percurso é uma criação sonora exaltando os diferentes modos de se pensar a beleza, agora mais plural e periférica do que os espelhos dos salões a refletiam, em séculos passados.

A exposição FAVELA-RAIZ planta as primeiras sementes para que nossas raízes se aprofundem e garantam a longa existência de uma instituição guiada pelo respeito aos que vieram antes, com os saberes de uma coletividade alicerçada na convivência solidária das pessoas que vivem nas quebradas de todo o País.

O caminho está aberto, e ele é coletivo.

Lidia Lisbôa trabalha com escultura, gravura, pintura, costura e crochê. Sua prática artística desenvolve-se principalmente através da manualidade gráfica, embebida de uma complexidade que se mostra tanto como poética sensível quanto um ato de resiliência e resistência física em seus trabalhos de grandes dimensões. Lisbôa foi contemplada com o II Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras (Galeria Fibra, 2012) e com o Prêmio Maimeri 75 anos (Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, 1998).

Com a colaboração de: Ana Paula do Nascimento Souza, Bety Poquechoque Quispe , Jeovanna Rosario Huanca Loza, João Goulart da Silva, Juniara Albuquerque, Laura Choque Mamani, Verônika Verão dos Santos e Zulema Calizaya Choque.

Criado por Carmen Lopes em 2016, o Coletivo iniciou-se através de ações e oficinas de autocuidado para a população em situação de rua e, desde então, vem fazendo um trabalho que reconhece e considera todas as complexidades que envolvem as vulnerabilidades de quem vive na rua, especificamente na região da Cracolândia. Desenvolve ​um projeto de geração de renda com e para mulheres cis e trans que vivem nos arredores da Cracolândia através de uma oficina de moda que hoje se encontra no Teatro de Conteiner. O Coletivo Tem Sentimento é fundamentado pela pluralidade de sentimentos que envolvem a nossa relação com o mundo, com o outro, com a rua e com nós mesmos, considerando a raiva, a revolta, a saudade do que não se tem e também, quase que principalmente, o amor.

Emprendedoras Sin Fronteras é uma cooperativa formada por mulheres costureiras, empreendedoras e imigrantes, que se juntaram no contexto da pandemia de COVID-19. Com um espaço de trabalho estabelecido na Casa do Povo, realizam produções têxteis em pequena e média escala em parceria com marcas. Visam, assim, atuar no circuito da moda de forma consciente e trazendo remuneração justa para suas participantes.

Composto por Monique Lemos e Jairo Malta, é um laboratório e estúdio para a compreensão, interpretação e tradução da contemporaneidade a partir de realidades plurais. Pesquisa sob as lentes do real, traduz comportamentos e cria narrativas para potencializar futuros e tecnologias humanas.

Uma dupla de multi artistas formada por Flávio Camargo e Toni Baptiste, de São Paulo. O Coletivo Coletores propõe a discussão de temas urgentes como o direito à cidade e o combate ao racismo e à exclusão. Trabalham com diferentes linguagens como o grafite, a fotografia e a videoprojeção. São os atuais vencedores do prêmio Pipa, prêmio nacional de arte contemporânea.

Kayode passou pelo funk, e como MC Joker, atingiu números expressivos e ganhou relevância. Agora no Rap, Kayode pretende transmitir verdades, experiências e a caminhada que percorreu, como a obra Espelho, que compõe a exposição sonora no Museu das Favelas.

Paulo Sérgio da Silva (Governador Valadares, Minas Gerais, 1977). Artista performático. Conhecido por suas andanças ao redor do mundo, seu trabalho questiona os limites da performance como linguagem artística: não se constitui pelos objetos que produz, mas pelo comportamento do próprio artista, que define suas obras como uma “arte de conduta”.

“História da Disputa” é um projeto dedicado à pesquisa, produção e difusão de conteúdo historiográfico orientado a partir da História dos vencidos, ou seja, a partir de documentos, testemunhos, memórias e dinâmicas produzidas por atores sociais geralmente ignorados pela História tradicional. Nesse intento, o projeto ocupa o espaço público com a metodologia dos debates-itinerantes e já realizou diversas iniciativas como a curadoria da exposição “À MARGEM”, mostra sobre a história do cotidiano das pessoas pobres na região central da cidade, realizada no Memorial da Resistência em 2019, além do Glossário Antirracista, em parceria com o SESC Florêncio de Abreu e a primeira etapa de uma pesquisa etnográfica acerca da infância no território abrangido pelo Museu da Língua Portuguesa.

O XiloCeasa é um Coletivo de artistas, fundado em 2005, que realiza produções de xilogravura, tipografia manual e muralismo.

Concepção curatorial: Equipe Museu das Favelas/IDG (Bruna Baffa, Carla Zulu, Daniela Alfonsi, João Pedro Rodrigues, Luis Araújo, Marcelo Cavanha, Marina Barbosa, Priscilla Fenics, Renata Furtado, Vanessa Marinho). Curador convidado: Claudinei Roberto da Silva.

Artistas convidados: Coletivo Coletores, Coletivo Xiloceasa, Lidia Lisboa, Paulo Nazareth.

Expografia: Arquiprom | Fernando José Arouca – coordenação, Silvia Landa, Marklen Landa, Amanda Konig (desenvolvimento) e Rafaela Palma Leal (administrativo)
Projeto Gráfico e diagramação: Estúdio Amarelo |Alexandre Ignácio Alves e Ronaldo Lopes
Produção: Marina Barbosa, Jeniffer Akuwh
Produção de tecnologia e operações: Marco Neves, Vitor Raniele Tavares Ribeiro, Geovani Luiz Senhorin
Acessibilidade: Inclua-me|Marina Baffini e Gilson Alves
Ação educativa: Vanessa Marinho, Érika Augusta da Silva; Fábio Santos Souza; Israel Brito; Kissy Luan; Mayara Soares; Weverton Camargo

Audiovisual: Black Pipe Entretenimento
Iluminação: Stage Luz e Magia
Impressão: Criarte
Comunicação, Imprensa e Mídias: Priscilla Fenics, Vanderson Santos, Ana Carolina Apolinário, Deco
Benevides, Assessoria Bianco, Nego Júnior

Instalação “Raízes”
Criação: Lídia Lisboa
Desenvolvimento: Lídia Lisboa, Ana Paula do Nascimento souza, Bety Poquechoque Quispe , Jeovanna
Rosario Huanca Loza, João Goulart da Silva, Juniara Albuquerque, Laura choque Mamani, Verônika
Verão e Zulema Calizaya Choque.
Assistência: Juniara Albuquerque e Paola Ribeiro
Produção: Marina Barbosa e Jenifer Akuwh
Audiovisual: Black Pipe Entretenimento
Direção de vídeo: Black Pipe Entretenimento
Câmeras: Vítor Gabriel & Luan Batista
Entrevistas: Luan Batista & Carlos Pires
Montagem e Edição: Vítor Gabriel
Fotograa Still: Carlos Pires
Libras: Victória Oliveira
Trilha Sonora: Eddu Chaves

Instalação multimídia: “Visão Periférica”
Criação e desenvolvimento: Topográcas
Curadoria de conteúdo: Monique Lemos, Jairo Malta e Coletivo Coletores
Direção artística: Coletivo Coletores Trilha sonora: Toni Baptiste
Produção Imagens: Jairo Malta e Toni Baptiste
Pesquisa: Topográficas
Programação tecnológica: Mauricio Jabur
Equipamentos: Nova Locações

Instalação “Espelhos”
Composição e Roteiro: Kayode
Trilha / Produção Musical: Caio Paiva
Produção Executiva: André Drum
Produção Geral: Regis Ramos e Rodrigo Pacote
Filmagem da obra original: Jhonny Mellow
Realização: Yalla Recordings
Texto: Jailson de Souza
Instalação “Palácio dos Campos Elíseos”
Pesquisa e textos: História da Disputa | Carou Oliveira
Edição: Daniela Alfonsi e Marina Barbosa
Imagens: Coletivo Xiloceasa

Instalação “Maria Beatriz Nascimento”
Escultura pertencente à série “Corte Seco”, da Paulo Nazareth
Agenciamento: Galeria Milan
Seguradora: Anitté Seguros
Transporte: Millenium Transportes
Laudo e conservação: Angela Freitas Arte e Restauro

Agradecimentos
Bruno Romero, Carmen Lopes, Casa do Povo, Estúdio Duoo, Luana Gonçalves, Maria Garibaldi,
Mariana Várzea, Paula Ferreira, Roberta Silva, Robson de Almeida, Suzy Santos, Tatiana Azevedo,
Tayna Rios.

Sem comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *