21 A 23 DE SETEMBRO de 2023

    O I SEMINÁRIO DE PESQUISA – FAVELA É O CENTRO teve como o objetivo reunir pesquisadores e institutos de pesquisa para debaterem os mais recentes estudos e publicações que tratem das favelas e periferias brasileiras, visando contribuir para a disseminação de informações e dados confiáveis e combater estigmas e preconceitos a respeito destes territórios.

    Organizado pelo CRIA – Centro de Referência, Pesquisa e Biblioteca, a primeira edição do seminário ocorreou de 21 a 23 de setembro de 2023, com conferência, mesas de debate e oficinas, reunindo mais de 15 especialistas de diferentes estados brasileiros.

    A partir de um levantamento dos encontros, seminários e simpósios dedicados a discutir favelas e cidades, o Museu das Favelas identificou que este debate entre lideranças comunitárias, agentes públicos e estudiosos esteve paralisado nos últimos anos, sendo o Seminário Internacional das Periferias (Favela da Maré, 2017), provavelmente, o último evento do gênero com grande impacto. De fato, existem grandes eventos que tratam as favelas como tema central, mas normalmente de cunho artístico, mercadológico ou social/filantrópico. O Seminário Favela é o Centro busca debater questões que atravessam as favelas e periferias pelo viés das pesquisas, de estudos e de análises empíricas,  como forma de corroborar a disseminação de informações qualificadas.

    Esta primeira edição do seminário partiu de uma pergunta norteadora, que está na essência do desenvolvimento do Museu das Favelas, considerada primordial para qualquer discussão nesta área: “o que é favela?”. No entanto, mais do que discutir conceitos sociológicos, o seminário debateu sobre como pensar políticas públicas a partir de um termo que é tão complexo de se definir. Todas as pesquisas e organizações convidadas foram com o propósito de impactar na realidade desses territórios. São trabalhos que não visam apenas discutir teorias, mas principalmente levantar dados para mudanças pragmáticas e efetivas.

    O projeto foi apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, com patrocínio do Itaú Unibanco. A participação nas atividades foi realizada através inscrição prévia.

    CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

    21/09

    19h às 21h — Conferência de Abertura | FAVELA É O CENTRO
    com Thuane Nascimento (PerifaConnection)

    A conferência provoca e dá início a reflexão sobre o conceito de favelas, explorando sua relação territorial e o direito à cidade, além de abordar a intersecção entre segurança pública e o uso comum desses espaços. Com um enfoque na dimensão racial, busca-se analisar as favelas como um instrumento de manutenção e perpetuação social no Brasil.

    Auditório Estouro – 50 Vagas
    *Credenciamento a partir de 18h

    22/09

    10h às 17h — Oficina |  DEBATENDO O CONCEITO DE FAVELAS COM O IBGE
    com Cayo Franco e Letícia Gianella (IBGE)

    O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em parceria com o Museu das Favelas, promoverá uma oficina para debater a revisão dos critérios e definições do conceito de “aglomerados subnormais”, utilizado pelo instituto desde 1991 para caracterizar favelas e periferias em pesquisas como o próprio Censo. A oficina será um importante momento de diálogo com a sociedade civil, antecedendo de forma propositiva ao I Encontro Nacional de Produção, Análise e Disseminação de Informações sobre as Favelas e Comunidades Urbanas do Brasil, promovido pelo IBGE, e que busca ampliar a reflexão sobre as narrativas construídas pela instituição.

    1º Andar – 50 Vagas
    *Credenciamento a partir de 09h

    19h às 21h — Mesa 1 | LEVANTANDO DADOS: METODOLOGIAS DE PESQUISA DE CAMPO NA QUEBRADA
    com Rachel Rua (DataFavela) e Thiago Teles Brandão (IBGE); Mediação de Luzinete Borges (Centro de Estudos Periféricos – UNIFESP)

    A mesa convida dois grandes institutos de pesquisa – DataFavela e o IBGE – para debaterem as diferentes metodologias aplicadas em suas pesquisas de alcance nacional e apresentarem dados e estatísticas que disputam estigmas comumente associados aos territórios de favelas e periferias.

    Auditório Estouro – 50 Vagas
    *Credenciamento a partir de 18h

    * STAND – Livraria Suburbano Convicto — 12h às 17h

    23/09

    10h às 12h30 — Oficina |  CRIAÇÃO DE VERBETES COM O DICIONÁRIO DE FAVELAS MARIELLE FRANCO
    Caíque Azael e Thiago Ferreira (Dicionário de Favelas Marielle Franco)

    Oficina de elaboração de verbetes para o Wikifavelas – Dicionário de Favelas Marielle Franco, site que reúne mais de 1.700 verbetes a respeito de referências sobre favelas e periferias do Brasil elaborados de forma colaborativa. A oficina traz uma breve apresentação sobre a importância da comunicação na preservação da memória das favelas e periferia. A oficina faz parte da programação da 17ª Primavera de Museus – Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas, iniciativa promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

    Sala do Corre – 20 Vagas
    *Credenciamento a partir de 09h

    14h às 16h — Mesa 2 | CARTOGRAFIAS PERIFÉRICAS: ATÉ ONDE VAI MEU MAPA?
    com Aluizio Marino (LabCidade), Igor Pantoja (Rede Nossa São Paulo) e Jéssica Cerqueira (Emergências Políticas Periféricas) ; Mediação de Wellington Fernandes (Quebradamaps)

    Representantes de iniciativas de diferentes esferas engajadas em produzir mapas representativos das favelas e periferias discutem sobre os desafios e limites de mapear esses territórios.

    Auditório Estouro – 50 Vagas
    *Credenciamento a partir de 13h

    16h às 18h — Mesa 3 | MEMÓRIAS PERIFÉRICAS: AS DIFERENTES FORMAS DE LEMBRAR E ESQUECER
    Com Cláudia Ribeiro (Museu da Maré), Sônia Fleury (Dicionário de Favelas Marielle Franco) e Rafael Lucas Leonel (Memórias Quebradas); Mediação de Suzy Santos (Museu Comunitário Jd. Vermelhão)

    Três iniciativas de memorialização das periferias que trabalham com diferentes produtos culturais – espaço museal, banco de dados digital e podcast – debatem sobre as diversas formas de se lembrar e esquecer das favelas e as pesquisas desenvolvidas por suas iniciativas.

    Auditório Estouro – 50 Vagas
    *Credenciamento a partir de 15h
    Inscreva-se

    *Todas as atividades possuem acessibilidade em Libras (no caso das Oficinas, marcar a necessidade do recurso de acessibilidade no formulário de inscrição)

    *As Mesas contarão com transmissão online, através do Canal do Museu das Favelas no Youtube.  Acesse aqui

    Aluízio Marino

    Aluízio Marino compõe a Coordenação do Labcidade – Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade, onde é pesquisador de Pós-Doutorado, supervisionado pela Profa. Dra. Raquel Rolnik, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Fez Graduação em Gestão de Políticas Públicas pela USP (2011), Mestrado (2014) e Doutorado (2021) em Planejamento e Gestão do Território pela UFABC. Linha de pesquisa vinculada à políticas públicas, planejamento urbano e territorial, cartografia social, saúde coletiva e movimentos populares. Pesquisa de Pós-doutorado em andamento: “Cartografias experimentais: o papel dos mapas no enfrentamento e recuperação pós epidemias”. Também atua como educador social na formação de 22 jovens pesquisadores no observatório “De Olho na Quebrada”, projeto da UNAS Heliópolis.

    Caíque Azael

    Caíque Azael é Psicólogo (CRP 05/64942) formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2019), com distinção acadêmica Cum Laude. É Mestre em Psicologia pela mesma instituição, tendo defendido sua dissertação “Redes de Militarização no Rio de Janeiro: cartografias sobre juventudes, violências e resistências em favelas” no Programa de Pós Graduação em Psicologia da UFRJ em setembro de 2021. No mesmo ano, ingressou no curso de Doutorado em Psicologia na UFRJ. É membro da equipe de pesquisas do Dicionário de Favelas Marielle Franco, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2019. Foi professor substituto de Psicologia na Universidade Federal Fluminense entre os anos de 2022 e 2023.

    Cayo Franco

    Graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016). Desde 2014 é Geógrafo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo atuado como Gerente de Regionalização e Classificação Territorial e Gerente de Geografia. Tem experiência na área de Geografia Regional, com ênfase nos estudos da Geografia Regional do Brasil, Geografia Censitária e integração de informação estatística e geoespacial. Atualmente está coordenador de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE atuando em projetos nas áreas de regionalização e classificação territorial, pesquisas territoriais, geografia censitárias, redes e fluxos geográficos e atlas e análises geográficas.

    Cláudia Ribeiro

    Cláudia Rose Ribeiro da Silva nasceu na Baixa do Sapateiro, uma das comunidades que faz parte da favela da Maré, no Rio de Janeiro, Brasil. É graduada em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais pelo Programa de Pós-graduação em História, Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV-RJ; professora de História da Rede Pública do município do Rio de Janeiro; co-fundadora do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e do Museu da Maré. Entre 2009 e 2011, foi chefe do Núcleo de Museologia Social do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Atualmente, é coordenadora do Museu da Maré; integrante do grupo de articulação da Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro (REMUS-RJ); do Conselho Consultivo da Casa de Oswaldo Cruz (COC – FIOCRUZ); e participante do Fórum Favela Universidade.

    Igor Pantoja

    Igor Pantoja é doutor em Sociologia pelo IESP-UERJ, mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR-UFRJ e graduado em Ciências Sociais pela USP. Possui ampla experiência no campo dos estudos urbanos, bem como na realização de consultorias e atividades ligadas ao poder público, atuando junto a instituições multilaterais como ONU-Habitat e PNUD, e em órgãos de pesquisa, como IPEA. Foi professor na graduação em Gestão Pública para o Desenvolvimento na UFRJ. Na sociedade civil, foi sócio-fundador da Casa Fluminense e atualmente é Coordenador de Relações Institucionais do Instituto Cidades Sustentáveis, onde atua na interface entre a instituição e diferentes esferas do poder público, bem como com empresas e mecanismos multilaterais de participação, como aqueles ligados ao sistema ONU.

    Jéssica Cerqueira

    Jessica Cerqueira é produtora cultural, gestora de projetos, pesquisadora, educadora popular e artista em desenvolvimento. Formada em Turismo pelo Instituto Federal de São Paulo, em gestão de projetos sociais pela ETEC CEPAM e Inovação Social pelo Instituto Amani. Atua a partir dos territórios que vive e desenvolveu o workshop #Ondeéorole que discute a partir destes locais o direito à cidade e acesso livre às informações. Foi pesquisadora do Emergência Política Periferias, onde esteve em 5 cidades brasileiras para dialogar sobre o ecossistema de Inovação Política Periférica pelo Instituto Update. Atua também como consultora em diversidade e práticas culturais que visam a equidade nos processos de construção. Compõe o Quebradamaps como gestora e pesquisadora e o Gato Mídia como produtora executiva.

    Letícia Gianella

    Graduada em Oceanografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2006), Mestre em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2009) e Doutora em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2015). Desenvolveu sua tese de doutorado sobre conflitos urbanos envolvendo o projeto Porto Maravilha e territórios populares da zona portuária do Rio de Janeiro, com destaque para a Favela da Providência. É Pesquisadora em Informações Geográficas e Estatísticas do IBGE desde 2014, atuando na Pós-Graduação Stricto e Lato Sensu da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE). Atualmente, compõe o Grupo de Trabalho sobre Favelas e Comunidades Urbanas da Coordenação de Geografia do Instituto. Tem orientado e realizado pesquisas sobre neoliberalização urbana e conflitos urbanos e ambientais em territórios populares.

    Luzinete Borges

    Mulher preta periférica, Assistente Social formada pela PUC-SP com especialização em Planejamento Urbano e Participação Social, servidora da Secretaria Municipal de Habitação – SEHAB com mais de 20 anos de experiência na área de habitação popular. Fez parte do Bloco Afro “Ilú Oba de Min” por 10 anos e do “Samba Negras em Marcha”, atualmente integra o Centro de Estudos Periféricos – CEP da UNIFESP Campus Zona Leste e pesquisa as mulheres negras sambistas de São Paulo no mercado de trabalho. Assistente Social formada pela PUC-SP com especialização em Planejamento Urbano, Gestão Pública e Participação Social atualmente integra o Centro de Estudos Periféricos – CEP da UNIFESP Campus Zona Leste.

    Rachel Rua

    Rachel Rua é doutora em antropologia social pela USP, cofundadora e diretora-executiva da iO diversidade e gerente do Data Favela. Há mais de 15 anos atua na área de pesquisa de mercado e opinião, já conduziu diversos estudos sobre empreendedorismo, hábitos e comportamento de consumo da Favela.

    Rafael Lucas Leonel

    Rafael Lucas Leonel, criado na Vila da Paz, quebrada do extremo sul de São Paulo. Em 2019 iniciou como Jovem Monitor Cultural em uma biblioteca no território, programa de formação da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Lá, cresceu seu gosto por compreender como um espaço cultural se articula com seu bairro, aproveitando o que ele produz e oferecendo o que ainda não tem. A junção de sua formação e de seu olhar partiu daí. Em 2018 iniciou a graduação em Letras na Universidade de São Paulo, período em que também comçou a frequentar saraus e slams, participar de movimentos políticos (Maloka Socialista) e outros eventos culturais, sendo puxado cada vez mais para os miolos da zona sul.

    Sônia Fleury

    Sonia Fleury é doutora em Ciência Política, Mestre em Sociologia e psicóloga. Atualmente é pesquisadora sênior do Centro de Estudos Estratégicos Antônio Ivo de Carvalho da FIOCRUZ, onde dirige linhas de investigação sobre federalismo e futuro da proteção social. Concebeu e cooordena o Dicionário de Favelas Marielle Franco junto a outra unidade da FIOCRUZ, o ICICT. Em sua trajetória acadêmica dedicou-se às áreas de direitos sociais e democracia, tendo sua obra publicada em inúmeros países. Como militante, atuaou como consultora da Assembleia Nacional Constituinte no capítulo da Seguridade Social e nas principais organizações que lutam pela Reforma Sanitária Brasileira.

    Suzy Santos

    Educadora, Historiadora e Museóloga. Pós-graduanda em Gestão Cultural Contemporânea (Escola Itaú Cultural / Instituto Singularidades); Pós-graduada em Políticas Culturais de Base Comunitária pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO); Mestra em Museologia (PPGMUS-USP); Bacharela e Licenciada em História (FFLCH/USP). Atua como arte-educadora, professora de história e museologia, produtora e gestora cultural. Realiza consultorias e palestras sobre memória, patrimônio, museologia e processos museológicos, interseccionando questões relacionadas às minorias silenciadas (étnicas, raciais, sociais, de gênero, entre outras). Coordena o Projeto Cultural Pimenteiros e Pimenteiras do Vermelhão e o Museu Comunitário do Jardim Vermelhão, é membro do grupo Capoeira ECE Brasil e da Associação de Amigos do Patrimônio e Arquivo Histórico
    (AAPAH). Atualmente é professora no curso Técnico em Museologia da ETEC Parque da
    Juventude e presta consultorias técnicas para instituições públicas e privadas.

    Thiago Ferreira 

    Thiago Ferreira é Bibliotecário pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e atualmente mestrando no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde desenvolve pesquisas sobre Covid-19 nas favelas e periferias urbanas. Possui experiência nos campos de Produção, Organização, Disseminação e Preservação da Informação, Conhecimento e da Memória, priorizando repositórios e ambientes virtuais, linguagens documentárias e de indexação, compartilhamento de dados e o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), sobretudo na dinâmica das favelas e periferias brasileiras. É pesquisador do Dicionário de Favelas Marielle Franco (Wikifavelas), atua como bibliotecário gestor do repositório temático Saberes Populares (Fiocruz) e desenvolve o projeto Memórias Faveladas, do Instituto Raízes em Movimento, no Complexo do Alemão

    Thiago Teles Brandão

    Servidor Federal desde 2016 (Técnico de Informações Geográficas e Estatísticas); Chefe de Agência (Sul2); Supervisor Estadual da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad/Covid; Coordenador Técnico Estadual do Censo Demográfico 2022

     

    Thuane Nascimento

    Diretora executiva do PerifaConnection, plataforma de disputa de narrativas sobre as periferias brasileiras. É cria da Vila Operária, favela de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ), onde constrói o Movimenta Caxias e é professora voluntária no Pré Vestibular Popular +Nós. Formada em direito pela UFRJ, teve sua trajetória acadêmica consolidada nos temas de Direito à cidade, acesso à terra, advocacia popular e sociologia jurídica. Fez parte do Under40 do Consulado dos EUA RJ e hoje integra o conselho consultivo do mesmo. Ativista por mais vozes negras e periféricas no debate de clima e meio ambiente, Thux é realizadora do CreatorsAcademy, idealizadora do Lab Clima de Cria, integrante da rede do Observatório do Clima, da rede Fé no Clima (ISER) e o GT de Racismo ambiental da Coalizão Negra por Direitos.

    Wellington Fernandes

    Wellington Fernandes é educador e geógrafo. Há 15 anos atua como educador junto a crianças, jovens e adultos, na educação formal e em espaços de educação popular. Desde a graduação (USP) pesquisa cartografia crítica e participativa e no mestrado (USP) aproximou este debate ao ensino de geografia. Preocupado com a promoção de uma cartografia engajada, idealizou o projeto Quebrada Maps. Metodologia experimental de diálogo com os territórios periféricos a partir de mapas críticos e participativos. Suas experimentações acontecem tanto em escolas públicas, como através de parcerias com movimentos sociais e a universidade.

    CEP – Centro de Estudos Periféricos

    ​O CEP – Centro de Estudos Periféricos é um centro de pesquisa vinculado ao Instituto das Cidades/Campus Unifesp Zona Leste. Este centro é composto por moradoras e moradores de bairros periféricos que produzem conhecimento e incidem sobre a realidade onde vivem.

    Data Favela

    O Data Favela surgiu de uma parceria entre Celso Athayde, fundador da CUFA (Central Única das Favelas), e Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. ​É o primeiro instituto de pesquisa especializado em favelas, que coleta informações confiáveis para subsidiar ações e fomentar negócios em favelas ao mesmo tempo em que fornece qualificação profissional e geração de renda para esses territórios.

    Dicionário de Favelas Marielle Franco (Wikifavelas)

    Dicionário de Favelas Marielle Franco (Wikifavelas) – O projeto do Dicionário de Favelas tem por objetivo favorecer a preservação da memória e identidades coletivas dos moradores das favelas, como parte do nosso compromisso com a expansão da cidadania e do direito à cidade e criar um espaço virtual que reúna o conhecimento sobre estes territórios de forma interdisciplinar e interinstitucional.

    LABCIDADE – Observatório das Remoções

    LABCIDADE – Observatório das Remoções – Mapeamento Colaborativo das Remoções da Região Metropolitana de São Paulo – O Observatório de Remoções, projeto coordenado pelo LABCIDADE da FAU USP em parceria com o LABJUTA-UFABC e com o Observatório de Conflitos Fundiários – UNIFESP, coleta e divulga informações sobre remoções e ameaças de remoção na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). O mapeamento possui caráter colaborativo e é realizado desde 2012. Os objetivos desse mapeamento são: (a) identificar e compreender, em diferentes escalas, os impactos proporcionados pelas remoções e ameaças; e (b) sistematizar e compartilhar informações para fortalecer a resistência dos atingidos contra políticas e projetos urbanos que implicam em processos de despossessão e violação de direitos. O mapeamento é atualizado trimestralmente e sua última versão corresponde ao período de janeiro de 2017 à novembro de 2022.

    Memórias Quebradas

    Podcast à margem sul da História. Conta as histórias das quebradas do Jd. ngela, Capão Redondo, Jd. São Luís e Campo Limpo, periferias da zona sul de São Paulo. Lucas Leonel e Saulo Vilanova, com apoio de Angelica Garcia e Gisele Alexandre nos bastidores, trocam uma ideia sobre a formação desses bairros, histórias das lutas populares e a importância da memória.

    Museu da Maré

    O Museu da Maré é um museu social, criado por um grupo de jovens moradores integrantes do CEASM – Centro de Ações Solidárias da Maré, com o objetivo de criar uma auto-representação da favela da Maré, fortalecendo uma imagem positiva da favela, bem como a autoestima de seus moradores. O Museu foi inaugurado em 2006 com a presença do então Ministro da Cultura Gilberto Gil e passou a representar um exemplo de uma nova experiência de museu voltado para a inclusão cultural e social das populações marginalizadas no espaço urbano.

    Pesquisa Emergência Política Periferia

    Um retrato da emergente inovação política nas periferias brasileiras em realizada em 2018. Mais de 100 iniciativas ligadas à política institucional, ONGs, coletivos informais e indivíduos foram entrevistadas e que juntas revelam laboratórios de direitos sendo formulados nas periferias urbanas de 5 grandes capitais. O projeto de pesquisa teve como objetivo dar visibilidade às práticas de inovação política, a partir de periferias brasileiras, com o intuito de revelar perspectivas que estão aprofundando a democracia a partir de seus territórios, necessidades e contextos.
    Site: https://emergenciapolitica.org/periferias/

    PerifaConnection

    O PerifaConnection é uma plataforma de disputa de narrativa sobre as periferias do Brasil. A partir de articulação em rede produzem conteúdos, e mobilizam lideranças jovens e comunicadores populares em meios de comunicação parceiros e também por canais próprios. A periferia e a juventude são os dois pontos de partida, que se cruzam com determinantes estruturais, tais como raça/cor, etnia, gênero, sexualidade, deficiência, dentre outros. Já realizaram duas edições do LAB Clima e periferias e estiveram presentes nas duas últimas conferências sobre mudanças climáticas da ONU. Neste período também construíram iniciativas importantes como a Coalizão Negra por Direitos, a campanha Agora é a hora e Tem Gente com Fome com parceiros importantes como a ONG Criola, Casa Fluminense, NOSSAS e Instituto Marielle Franco.

    Quebrada Maps

    Uma metodologia experimental de diálogo com os territórios de periferia a partir de mapas críticos e participativos. Construindo PRÁTICA pedagógica para educação geográfica popular e periférica, fazendo PESQUISA, reflexão e registro sobre suas experimentações e PRODUÇÃO de conteúdo cartográfico, bibliográfico e formativo. Proposta que soma as provocações da experiência coletiva do sujeito de quebrada, a escola dos movimentos sociais e a Geografia da universidade e da escola pública. O Quebrada Maps pensa Periferia como centro; a Educação como emancipatória e transgressora; os Mapas por outros autores, com outros conteúdos e outras epistemes cartográficas.

    Rede Nossa São Paulo – Mapa da Desigualdade 2022

    O Mapa da Desigualdade é uma iniciativa da Rede Nossa São Paulo que busca revelar as desigualdades das cidades por meio de suas diferenças regionais. Ele aponta, a partir de cada microrregião da capital paulista, dados sobre assistência social, cultura, educação, esporte, habitação, inclusão digital, meio ambiente, saúde, trabalho e renda, transporte e violência. Ao dar visibilidade aos “zeros” de equipamentos e serviços públicos em cada região, o estudo explicita as desigualdades e visa contribuir para a diminuição da distância entre os melhores e piores indicadores.

    CRÉDITOS

    Concepção: CRIA – Centro de Referência, Pesquisa e Biblioteca do Museu das Favelas
    Produção executiva: Renata Furtado e Laís Gomes
    Produção audiovisual: Transmuta
    Tradução de LIBRAS: Libras na Quebrada
    Coordenação de relatoria: Andreia da Mato
    Coordenação de Comunicação: Priscilla Fenics
    Comunicação e produção de conteúdo: Vanderson Santos, Isadora Simas
    Imprensa: Yasmim Bianco
    Mídias Sociais: Isadora Simas, Mateus Fernandes
    Identidade Visual: Cassimano
    Designer: Stefanie Flauzino
    Fotografia: Man Produções

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